O que fazer para sua empresa gerar lucro em 2021
Na primeira parte desta história, compartilhei detalhes de como, ao me formar, criei meu projeto de mestrado de “Aplicação…
“Reconhecer os desafios da liderança, assim como o sofrimento que vem com a mudança, não deveria diminuir a vontade de criar valor e dar sentido à vida de outras pessoas. Existe uma emoção que vem como recompensa – além de dinheiro e status, é claro – e que sem dúvida supera todas as dificuldades. Existem muitas coisas na vida pelas quais vale a pena sofrer. A liderança é uma delas.”*
—Ronald Heifetz, conferencista da Harvard Business School
Embora muitos empresários e executivos declarem como seu sonho “fazer sua empresa crescer”, poucos estão realmente comprometidos em fazer isso se tornar realidade. Por vezes, muitos destes executivos e empresários até divagam sobre uma possível maneira “mais fácil” de alcançar esse crescimento evitando seus riscos e suas dores, considerando que este crescimento significaria apenas “ganhar mais dinheiro” – sem grande esforço ou mudança.
Nesse sentido, acreditando que o caminho para o crescimento está apenas em suas vendas, na sua redução de custos ou na otimização de sua eficiência produtiva, muitos destes empresários e executivos tentam tangenciar a realidade de que, para crescer, é necessário aprender e, com isto, muitas vezes errar mas, principalmente, mudar.
Assim sendo, antes de buscar o crescimento, é fundamental compreender que, para que ele aconteça, sua empresa deverá passar por um processo de mudança cultural causada pelo aprendizado constante e contínuo, exigindo assim grande maturidade emocional e intelectual de toda a sua equipe – e, principalmente, de seus executivos e diretores que sempre deverão servir a suas equipes como âncoras emocionais e intelectuais, liderando e inspirando a todos pelo exemplo.
De igual forma, para viabilizar e realizar este crescimento almejado, também é fundamental que todos os sócios e diretores compreendam:
Por esta razão, listamos aqui os principais desafios do crescimento empresarial que temos observado para que você e toda sua equipe possam se preparar – e superar – de acordo.
Vender para depois contratar, ou contratar para depois vender? Esse é um exemplo de paradoxo de crescimento empresarial.
Para conciliar sua produção às suas vendas, é importante definir quais ações serão necessárias tanto para realizar estas vendas quanto para viabilizar a produção do que será vendido.
Note que boa parte destas decisões começam sempre pela análise financeira de viabilidade e retorno – e seguem para o alinhamento junto ao RH e ao departamento de compras. O mais importante aqui é compreender que este alinhamento de Produção e Comercial se dá através do timing estabelecido junto ao Financeiro – por depender da projeção de seu fluxo de caixa, da capacidade de seleção e contratação de profissionais e das especificações de seus fornecedores.
Portanto, ao enfrentar este desafio, busque reunir toda sua equipe executiva de modo a levantar a visão de todos de como viabilizar esse crescimento, definindo claramente o que deve ser feito e quando.
Complete a frase: para se fazer um omelete …
Além de projetar ações futuras considerando seu fluxo de caixa, é importante também considerar todos os recursos viáveis disponíveis para estas ações de modo a ter total compreensão sobre quais são os caminhos possíveis e possibilidades. Isso ajuda a preparar planos considerando mais de um cenário possível e, também, ajuda na avaliação do que é mais favorável como, por exemplo, se vale mais a pena utilizar seu caixa ou alguma opção de crédito disponível.
O que é impagável em todo bom planejamento: a paz de espírito de saber o que e quando fazer
Sabendo da necessidade de realizar operações de crédito para compra de equipamentos ou até mesmo para gestão de giro de caixa, é importante planejar essas operações de modo a minimizar taxas e juros e desenvolver a previsibilidade de como essas operações de crédito “pagarão a si mesmas”. Portanto, sempre planeje todas as operações de crédito que serão realizadas de maneira fria e sensata para que você e sua equipe possam ter a tranquilidade de saber quais são as ações e resultados chave para a quitação destes créditos.
“Administrar risco significa pensar no futuro, não no passado. Sempre nos sentimos seguros quando baseamos no passado as estratégias para o futuro. É por isso que os riscos que não previmos conseguem nos pegar de surpresa e que é tão difícil lidar com eventos que não tenham precedentes.”
—Ron Dembo, presidente e CEO da Algorithmics
Além do risco financeiro, existem vários outros riscos que incorrem de fases de crescimento empresarial. Por isto, tenha sempre em mente que é essencial listar, mensurar e avaliar todos os riscos possíveis de modo a endereçá-los da maneira mais adequada – analisando sempre seu trade-off.
Como auxílio, utilize a seguinte verificação e classificação de riscos neste processo de análise:
Controle Fraco | Controle Adequado | Controle Excessivo | |
---|---|---|---|
Grande Risco | Perigo! +Controles | Monitore! Analise o custo/benefício +Controles | OK! |
Médio Risco | Alerta! Analise o risco +Controles | OK! | Teste! Analise o custo/benefício -Controles |
Baixo Risco | OK! Teste o controle | Teste! Analise o custo/benefício -Controles | Teste! Analise o custo/benefício -Controles |
OBS: Neste contexto, controle representa a necessidade de elaboração de protocolos e processos de mitigação de riscos.
Mais do que ser ferramenta de mudança, todos querem fazer parte – e se sentirem parte – da mudança. É essencial que todos sejam a mudança.
Muitas empresas possuem dificuldade em engajar sua equipe em seu processo de crescimento (e isso é natural). Todos sentimos necessidade de estabilidade e segurança, e mudanças drásticas ou bruscas em sua forma de trabalho pode fazer com que colaboradores resistam a projetos de mudança e crescimento. Por isso, é importante elaborar estratégias de participação de todos os colaboradores em sua estratégia de crescimento de modo que:
Desta forma, seu processo de crescimento deve ser colaborativo e inclusivo, rompendo com eventuais barreiras criadas por políticas, hierarquias e preconceitos, e dando espaço para ideias melhores baseadas na visão e experiência da realidade do dia-a-dia de sua equipe.
“Estamos vivendo um momento único na história: poucas vezes uma sociedade mudou tão completamente de forma tão rápida. O grande desafio para todos – especialmente para as gerações mais velhas – é aceitar o ritmo do progresso, em vez de resistir a ele. Somente abraçando a mudança poderemos moldá-la de forma a beneficiar todos nós.”
— Lewis Jaffe, presidente e fundador da 21st Century Networking
Além do engajamento da equipe, será necessário lidar com sabotadores internos e externos, ou seja, lidar com profissionais que além de evitarem a mudança, a sabotam de alguma forma. Os perfis de sabotadores são todos mapeados e conhecidos. Assim, prepare um plano para identificar cada um deles e endereçar suas necessidades, uma vez que todo sabotador, interno ou externo, só está em busca da compreensão de suas necessidades – e, claro, temendo a mudança.
Para lhe auxiliar nesse processo, aqui está uma lista com cada um dos perfis e sua respectiva estratégia de resolução:
Perfil | Descrição | Estratégia de Resolução |
---|---|---|
Lobo-Solitário | O Lobo-Solitário é o sabotador que acredita que todo projeto ou mudança deve seguir suas convicções pessoais e profissionais | Silêncio e confrontação aberta e direta |
Jogador | O Jogador é o sabotador que busca criar jogos mentais entre os envolvidos de modo a ter controle sobre as decisões | Inclusão aberta no time de execução |
Oportunista | O Oportunista é o sabotador que procura por oportunidades para se colocar em evidência e conseguir vantagens através da mudança | Apadrinhamento |
Tecnocrata | O Tecnocrata é o sabotador que utiliza seus conhecimentos técnicos e tecnológicos para direcionar as decisões de mudança de acordo com sua vontade | Limitar e controlar envolvimento |
Fingidor | O Fingidor é o sabotador que finge participar e engajar mas não se compromete de verdade com o que diz que irá realizar ou fazer | Persistência e confrontação direta para lidar com resistência passiva-agressiva |
Busque sempre identificar eventuais sabotadores e dar o devido direcionamento a suas ações – e de sua equipe de gestão – de modo a endereçar e prevenir sabotagens e, assim, reduzir a resistência ao processo de mudança.
“Mesmo o Cavaleiro Solitário não agia sozinho.”
— Harvey MacKay, empresário e escritor
Para todo o processo de crescimento, é necessário contar com pessoas e, conforme a demanda e a produção aumenta, é necessário contar com mais pessoas. Para isso, estruture seu processo de contratação de modo a sempre possuir um pool de profissionais para as eventuais vagas que seu crescimento exigirá: assim, você terá tanto a disponibilidade de profissionais quanto a possibilidade de planejar quando contratar e treinar esses profissionais em tempo hábil para o seu crescimento.
Nunca duvide da Lei de Parkinson: o trabalho sempre se expande de modo a consumir todo o tempo disponível para ser realizado.
Diferente do imaginário comum, para sua empresa crescer você e sua equipe não precisam de horas extras. Para isto, basta que você desenvolva seu planejamento de crescimento de maneira sensata e razoável quanto a recursos financeiros, humanos e intelectuais. Lembre-se sempre que, se uma oportunidade está “muito em cima da hora”, é melhor se preparar para a próxima e não tentar “surfar essa onda” que já começou.
Considere em seu planejamento, também, que toda sua equipe será mais produtiva e criativa – e bem-humorada – se estiver devidamente descansada: isso fará com que o nível de produtividade de todos esteja próximo ao ideal e também ajudará na manutenção da moral do time para aceitar e viver as mudanças do processo.
Finalmente, nunca deixe sua equipe sem noção de datas ou prazos tangíveis. Esse limite ajuda a evitar perfeccionismos desnecessários assim como a evitar a perda de foco.
“A invencibilidade está na defesa; a vulnerabilidade no ataque.”
— Sun Tzu em “A Arte da Guerra”
Todo processo de crescimento torna sua empresa vulnerável por envolver riscos conhecidos e desconhecidos em todos os níveis de trabalho. Assim, também, toda sua equipe se sentirá vulnerável em maior ou menor grau.
Para lidar com este medo é importante compreender que a origem de todo medo está na ignorância – ou seja, no desconhecimento – a respeito das consequências de determinadas ações. Por isso, busque esclarecer a toda equipe sobre como investigar impactos e analisar riscos de modo que todos ganhem a confiança e autonomia para compreender “o que estão apostando” ao tomar determinada atitude. Assim, todos estarão preparados a realizar ações e projetos que nunca realizaram antes – e se sentirão confortáveis com a ideia de que irão errar mas não causarão uma catástrofe para si ou para a empresa.
“Julgamo-nos mais inteligentes do que somos. Os indivíduos mais brilhantes não tomam necessariamente a melhor decisão. A decisão mais sábia geralmente vem de uma equipe trabalhando em conjunto, cujos membros reconhecem o que sabem e o que não sabem. As equipes funcionam melhor quando cada pessoa deixa seu ego do lado de fora. Não estou propondo que sejamos autômatos, mas se todos estivessem um pouco menos presos ao ego, o sistema em geral funcionaria bem melhor do que agora.”
—Bo Peabody, presidente da Village Ventures
Sim, errar faz parte do processo, mas isso não quer dizer que ao errar todos continuarão se sentindo confortáveis com o projeto ou a respeito de si mesmos. Portanto, crie uma política de comemoração focada em celebrar pequenas vitórias e aprendizados de modo que todos os envolvidos consigam perceber e reconhecer sua própria evolução. Não se esqueça também que é essencial que todos, independente de posição, se sintam parte de uma equipe com um objetivo maior – e garanta que todos compreendam sua importância nesse processo.
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Finalmente, gostaria de agradecer por seu tempo e leitura e também perguntar: qual outro desafio você enfrenta no processo de crescimento de sua empresa? Sinta-se à vontade para enviar aqui nos comentários ou para participar do debate a respeito disso em nossa comunidade.
Obrigado mais uma vez e até breve!
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Técnico em Informática pelo COTIL/UNICAMP e Bacharel em Ciência da Computação pela Unicamp com certificados de estudos em Sistemas de Informação e Engenharia de Software, começou aos 12 anos a trabalhar como autônomo em administração de redes e suporte a usuários e, em 2009 – aos 19 anos-, abriu sua primeira empresa de Marketing Digital. Desenvolveu aplicativos e sistemas em Data Mining, Data Science e Business Intelligence, criando soluções estratégicas por empresas onde passou e sendo premiado como colaborador de destaque no Instituto de Pesquisas Eldorado pela criação de uma ferramenta de automação de análise de dados e no Google Summer of Code 2014 pela criação de uma ferramenta de visualização em grafos de linguagens de expressão biológica. Apaixonado por sociologia, filosofia e economia e indignado com distância entre a teoria e a prática da administração de empresas e da gestão de projetos de base tecnológica, hoje atua ajudando e capacitando executivos e empresários em planejamento e gestão estratégica, inteligência de negócios e inovação, utilizando metodologias ágeis.
Aplicável tanto em startups quanto em grandes empresas, a Administração Ágil é uma maneira prática, sustentável e assertiva para empresários e executivos alcançarem melhores resultados, tornando suas empresas adaptáveis e inovadoras, trilhando o caminho da transformação digital na prática.
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